segunda-feira, maio 11, 2015

Game os Thrones


(A Guerra dos Tronos)
Daniel Lemos – Outono de 2015
Tomei conhecimento dessa obra – série da HBO, RPG, Jogo de Tabuleiro e de cartas e, a origem de tudo, a obra literária de fantasia de George R.R. Martin – tardiamente. No entanto, hoje percebo que não foi tão ruim assim chegar depois de todo mundo a esse fantástico universo. Afinal, não tive que ficar ansioso esperando o próximo episódio (pois minha iniciação se deu primeiro pela série da HBO) como está acontecendo agora na quinta temporada. Assisti as quatro primeiras temporadas “de soco”, como se diz, numa verdadeira maratona, nas férias de janeiro de 2015. Por acaso, estava procurando algumas séries para assistir e, acabei encontrando disponíveis as quatro primeiras temporadas de Game of Thrones (em Português, A Guerra dos Tronos) a série de televisão norte-americana criada por David Benioff e D. B. Weiss para a HBO e, resolvi assistir para ver como era. Resultado: viciei! Já assisti quatro vezes as temporadas disponíveis, adquiri o jogo de cartas (estou esperando chegar na loja o tabuleiro) e, agora estou lendo os livros. E, é sobre eles que quero escrever.
Existem como é natural discrepâncias entre a série e os livros. No entanto, vou me ater apenas na análise da primeira temporada, da série, e na relação com o primeiro livro da saga: Game of Thrones (em Português, A Guerra dos Tronos) primeira parte dAs Crônicas de Gelo e Fogo (no original em inglês: A Song of Ice and Fire) série de livros de fantasia épica escrita pelo romancista e roteirista norte-americano George R. R. Martin.

A Casa Stark de Winterfell
Começo pelos Stark. A Casa Stark de Winterfell é uma das grandes casas de Westeros e a principal casa nobre do Norte, eles governaram como Reis do Inverno, mas desde a conquista Targaryen têm sido os Protetores do Norte. Sua sede, Winterfell, é um antigo castelo famoso por sua força. O selo dos Starks é um lobo gigante cinzento correndo em um campo branco de gelo, e seu lema é "O Inverno está Chegando".
No que se refere aos personagens do livro e da série de Tv, tive o mesmo sentimento em relação a eles, tanto nos filmes como no livro. As personalidades, as cenas, me pareceram bastante fieis ao livro de Matin. Continuei não simpatizando com o falso moralista do Eddard "Ned" Stark e, detestei mais ainda a arrogante e esnobe Catelyn Tully, especialmente na sua relação com o filho bastardo do seu marido, o Jon Snow. Dessa forma, creio que os diretores foram felizes na transmissão do espírito da obra de Martin.


Quanto a Robb Stark, filho legítimo mais velho e herdeiro de Lorde {Eddard Stark}, também conhecido como "o Jovem Lobo", comecei a simpatizar mais com esse personagem, quanto mais vezes assisto aos episódios e agora, lendo o livro, comecei a gostar desse personagem e, não notei muito diferença nas cenas, do livro com a série.

 Ainda, quanto à Sansa Stark, (filha mais velha Eddard Stark e de Catelyn Stark) e Arya Stark, filha mais jovem deles, a filha mais velha teve algumas falas em que transparece a sua ambição e raiva em relação à Arya, cortadas. E, sua amiga Jeni Poole excluída dos filmes

No entanto Arya foi bem representada na série, não faltando nada em relação ao livro, apenas o aspecto físico do seu prof. de dança é que foi bem alterado.
Ainda, Bran Stark, o filho de Eddard e Catelyn que após uma queda de uma torre deixou de andar e, teve o mesmo espaço e protagonismo na série e no livro, porém, Rickon Stark, filho mais novo do nobre casal, foi menor aproveitado na série da HBO, do que o espaço que ele tem no livro, especialmente após a partida de Rob e da morte de Ned, seu pai.
Por fim, o último Stark e, um dos mais carismáticos personagens da saga de Gelo e Fogo, Jon Snow o filho bastardo de Eddard Stark, que foi criado em Winterfell ao lado de seus meio-irmãos e que ingressou na Patrulha da Noite, não perdeu nada em relação ao livro, exceto, a cena do final do livro em que ele tentou abandonar a Muralha para se juntar à guerra de Rob e, foi impedido pelos seus irmãos que vestem negro. Esta cena devia estar na série televisiva também, pois é bem intensa e merecia ser aproveitada. Outro aspecto positivo da série, é a relação de amizade e parceria com o Samwell Tarly que foi bem retratada e, a relação quase filial que Jon tem com Lorde Comandante Jeor Mormont e o Meistre Aemon Targaryen.


A Casa Baratheon de Ponta Tempestade, é uma das Grande Casas de Westeros. Sua sede é em Ponta Tempestade, um castelo antigo construído pelos Reis da Tempestade. Seu brasão é um veado coroado negro num fundo dourado. Os membros da família tendem a ser grandes, com cabelo preto e olhos azuis. Eles são conhecidos por seus temperamentos vivos. Seu lema é Nossa é a Fúria.
Todos os personagens dessa família, cujos principais nomes são o Rei Robert Baratheon, e seus irmãos Stannis e Renly receberam o mesmo espaço e protagonismo que possuem no primeiro livro da saga, ou seja pouca presença. Os atores que interpretam esses papeis na série da HBO honraram sua tarefa.
Casa Lannister de Rochedo Casterly

Quanto à Casa Lannister de Rochedo Casterly, a mais rica entre as Grandes Casas. Cujo seu principal castelo é Rochedo casterly e o brasão é um leão dourado em campo carmesim e seu lema é Ouça-me rugir (O lema não oficial é Um Lannister sempre paga suas dívidas) foi bem ilustrada pela HBO. Inclusive, pelo que percebi, os irmãos gêmeos e incestuosos, Jaime Lannister e Cersei Lannister – a rainha infiel de Robert Baratheon – receberam um espaço bem maior que no livro. Bem como seu odioso filho, que no final da primeira temporada, assim como no final do primeiro livro, torna-se o Rei Jofrey Lannister Baratheon. Opai daqueles e, patriarca da família dourada, Tywin Lannister, continua mantém o mesmo espaço e a mesma fria crueldade maquiavélica do texto escrito. Assim como também mantém seu carisma e característica de piadista, o querido anão Tyrion, o Duende.

Com relação a essa casa os seus três principais colaboradores e, membros do pequeno conselho, é que ganharam – e deu certo! – um espaço bem maior na TV: Lorde Varys (o eunuco mestre dos sussurros), Petyr Baelish (Mestre da Moeda e dono das casas de facilidades da capital) e Grande Meistre Pycelle  .
Os demais auxiliares dos Lannister permaneceram como no livro: Janos Slynt, Bronn, Shae (mais jovial e menos manipuladora no livro), Podrick Payne, Gregor Clegane, a Montanha que Cavalga, e seu irmão Cão de Caça, ficaram do mesmo tamanho.
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A Casa Targaryen é uma família nobre de Valíria, eles viveram por séculos na ilha de Pedra do Dragão até que Aegon, o Conquistador e suas irmãs partiram com seus dragões para conquistar os Sete Reinos. Os Targaryen governaram como reis de Westeros por quase trezentos anos, até serem expulsos durante a Rebelião de Robert. Além da capital, Porto Real, eles possuíam o castelo na ilha de Pedra do Dragão.
O brasão dos Targaryen é um dragão com três cabeças expelindo chamas, vermelho sobre um fundo negro. O dragão de três cabeças representa Aegon, o Conquistador, e suas duas irmãs, Rhaenys Targaryen e Visenya Targaryen. Seu lema é Fogo e Sangue.
Essa é uma família que não me agrada muito. As partes do livro e da série em que foca nos Targaryen, o Príncipe Viserys e a Princesa Daenerys, me parece que coincidem em tudo que é mais importante. Não teria nada à acrescentar sobre eles e, na verdade, nem concordo que a Dany seja tão carismática como dizem.

Informações



quarta-feira, janeiro 14, 2015

O governo Sartori e os partidos políticos

Publicado em  24/dez/2014, 9h52min, no Jornal Sul 21

http://www.sul21.com.br/jornal/o-governo-sartori-e-os-partidos-politicos/ 



“No Brasil, os partidos existem e são importantes” esse é o título de um artigo escrito pelo cientista político da Universidade de Campinas, professor Oswaldo Amaral e, ele não está sozinho nessa posição, embora a maioria das pessoas e, até mesmo colunistas políticos pensem diferente. Além dele, outros cientistas políticos também sustentam a importância dos partidos políticos, no sistema institucional brasileiro, como por exemplo, Argelina Figueiredo, Fernando Limongi, Raquel Meneguello e Maria do Socorro Braga. Esta responde a seguinte indagação “Os partidos políticos brasileiros realmente não importam?” de forma categórica: “partidos políticos importam para explicar o comportamento dos eleitores brasileiros e, portanto, para a estruturação do sistema partidário contemporâneo”. 

Outra maneira de comprovar a importância dos partidos políticos é observar, como ocorre a composição do Governo Sartori, que começará em 2015. Embora ainda não esteja completa, a maioria das secretarias já tiveram seus titulares anunciados e, o que se observa é uma ampla maioria de nomes “políticos”. Estes foram indicados pelos partidos que apoiaram o novo Governador ou, que farão parte de sua base de sustentação na Assembleia Legislativa gaúcha. O partido ao qual pertence o governador José Ivo Sartori, o PMDB, e os outros dois que compuseram a coligação vencedora da competição eleitoral, o PSB e PSD indicaram dez nomes. São eles: do PMDB o cantor Victor Hugo (Cultura), o economista Cristiano Tatsch (Planejamento e Desenvolvimento Regional), o deputado estadual Fábio Branco (Desenvolvimento, Ciência e Tecnologia), o ex-prefeito de Farroupilha Ademir Baretta (Chefia de Gabinete do Governador), o deputado federal Giovani Feltes( Fazenda), o deputado federal Márcio Biolchi (Casa Civil) eCarlos Búrigo (Secretaria-Geral de Governo); Do PSB:Tarcísio Minetto (Desenvolvimento Rural e Cooperativismo) o deputado estadual Miki Breier (Trabalho e Desenvolvimento Social); e, do PSD: o advogado Eduardo Oliveira (Modernização Administrativa e Recursos Humanos). 

Além deles, o PDT, que na eleição competiu com candidato próprio contra o governador eleito, indicou dois secretários – o promotor Vieira da Cunha para a Educação e Gerson Burmann, deputado estadual, para Obras, Saneamento e Habitação. Ainda, o Partido Progressista, da senadora e candidata derrotada na eleição desse ano, Ana Amélia Lemos, e o Partido da Social Democracia Brasileira, que a apoiava, também indicaram secretários para o Governo Sartori. Ernani Polo e Pedro Westphalen, ambos os deputados estaduais são filiados ao PP e Lucas Redecker do PSDB, serão secretários de Agricultura e Pecuária, Transportes e Mobilidade Urbana eMinas e Energia, respectivamente. Por outro lado, alguns nomes foram anunciados como “independentes”, ou seja, não são filiados a nenhum partido político – Ana Pellini (Ambiente e Desenvolvimento Sustentável), César Faccioli (Justiça e Direitos Humanos) e Wantuir Jacini (Segurança). Contudo, mesmo eles possuem ligações político-partidárias, pois Ana Pellini foi secretária no governo Yeda Crusius do PSDB e, Wantuir Jacini foi secretário no governo do PMDB de Mato Grosso do Sul.

Portanto, é possível perceber que, alguns mitos se desfazem ao se analisar com cuidado a composição política do novo governo. Primeiramente o governador Sartori, ao contrário do que dizia na campanha eleitoral, não constituiu um governo totalmente novo, pois escolheu como seus auxiliares, nomes com larga carreira política e que já haviam inclusive participado de governos anteriores (Simon, Collares, Britto, Rigotto e Yeda). Em segundo lugar, a maioria dos secretários recrutados são indicações dos partidos que estavam na coligação vencedora ou que vieram a se somar à base aliada, dessa forma é um secretariado com perfil político – e não técnico – como registrou a jornalista Rosane de Oliveira em seu blog no dia 18 de dezembro de 2014. 

Por tudo isso é possível concluir, que ao contrário do que pensa a maioria das pessoas e, mesmo os mais experientes colunistas políticos, os partidos políticos do Brasil, têm sim uma grande importância e, fazem a diferença. Tanto durante a competição eleitoral – como confirmam inúmeros estudos publicados por vários cientistas políticos – quanto no exercício do poder, quando estabelecem as diretrizes que os governantes devem seguir e, também, quando indicam os atores que irão produzir e conduzir as políticas públicas, conforme foi apresentado no exemplo do Governo Sartori. Enfim, como bem diz o professor Oswaldo Amaral: “no Brasil, os partidos existem e são importantes”. 

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Daniel de Souza Lemos é Mestrando em Ciência Política/UFPel e Bolsista Fapergs-Capes (danielslemos@yahoo.com.br)

domingo, novembro 09, 2014

Gabarito e prova - Enem 2014 - Filosofia

Por dever de ofício me cabe apresentar as questões da prova de Filosofia, do Enem 2014. Foram dez questões de Filosofia, dentre as dez da prova de ciências humanas e suas tecnologias. Um bom número, que só valoriza a importância da disciplina de Filosofia, nesse grande exame nacional.

Da prova que consultei, no sitio UOL, a amarela, foram as seguintes questões:

Nº 04 - Filosofia Política e História; (Conteúdo do 2º Ano - 3º trimestre)

Nº 05 - Filosofia Política Antiga - Grécia - Leis; (Conteúdo do 2º Ano - 1º trimestre)

Nº 08 - Jürgen Habermas - Agir Comunicativo - Filosofia Política Contemporânea; 
                    (Conteúdo do 3º Ano - 3º trimestre) (Conteúdo do 2º Ano - 3º trimestre)

Nº 12 - Hannah Arendt - Totalitarismo- Filosofia Política Contemporânea; 
                   (Conteúdo do 3º Ano - 3º trimestre) (Conteúdo do 2º Ano - 3º trimestre)

Nº 13 - História da Filosofia Antiga Epicuro; (Conteúdo do 3º Ano - 1º trimestre)

Nº 14 - História da Filosofia Antiga - Platão - Dialética;  (Conteúdo do 3º Ano - 1º trimestre)

Nº 16 - História da Filosofia Moderna - René Descartes - Ciência e Pensamento Cartesiano;   (Conteúdo do 3º Ano - 2º trimestre)

Nº 19 - Filosofia Política - Constituição de 1988;  (Conteúdo do 2º Ano - 2º trimestre)

Nº 21 - História da Filosofia Antiga - Filosofia Política - Aristóteles e Tucídides;
           (Conteúdo do 3º Ano - 1º trimestre) (Conteúdo do 2º Ano - 1º trimestre)

Nº 29 - História da Filosofia Moderna - Galileu Galilei - Ciência Moderna. 
          (Conteúdo do 3º Ano - 2º trimestre)

http://vestibular.uol.com.br/provas-e-correcoes/2014/confira-o-gabarito-extraoficial-e-a-correcao-das-provas-do-enem-2014-/index.htm#amarela-1-4

sábado, novembro 08, 2014

ENEM 2014 - Exame Nacional do Ensino Médio

Um dos dias mais importantes da minha vida foi quando, em novembro ou dezembro de 1997, fiz a prova do vestibular da UFPel. Certamente o ingresso na Universidade abriu as portas, as janelas, os portais de um outro mundo, ou universo, para mim. Em razão dessa minha experiência pessoal é que me coloco ao lado, dos meus queridos alunos da Escola Areal, nestes dois dias tão decisivos.

Hoje não é o vestibular, mas o ENEM, que tem oportunizado, junto com o REUNI - o programa de expansão da Universidade - uma vida nova e cheia de oportunidades aos nossos jovens estudantes.

Por isso desejo todo o sucesso nessa prova, tenham confiança que vai dar tudo certo. Temos fé na Escola Pública e no potencial dos nossos alunos.

Abraço,

Prof. Daniel Lemos

quinta-feira, novembro 06, 2014

A reeleição de Dilma Rousseff para presidir o Brasil

Resolução política da Executiva Nacional do PT

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A reeleição da companheira Dilma Rousseff para presidir o Brasil até 31 de dezembro de 2018 é uma grande vitória do povo brasileiro. Uma vitória comemorada por todos os setores democráticos, progressistas e de esquerda no mundo e, particularmente, na América Latina e no Caribe.

Uma vitória sobretudo do PT e do nosso projeto, que conquista um quarto mandato, algo que nenhuma outra força política havia alcançado até agora no País.

Foi uma disputa duríssima, contra adversários apoiados pela direita, pelo oligopólio da mídia, pelo grande capital e seus aliados internacionais. Vencemos graças à consciência política de importantes parcelas de nosso povo, da mobilização da antiga e da nova militância de esquerda, da participação de partidos de esquerda e da dedicação e liderança do ex-presidente Lula e da presidenta Dilma. Nossa candidata soube conduzir a campanha com firmeza e sem recuos, mesmo nos momentos mais difíceis. O enfrentamento com o adversário em debates comprovou o preparo e a diferença da nossa presidenta para vencer os desafios da atual conjuntura.

A oposição, encabeçada por Aécio Neves, além de representar o retrocesso neoliberal, incorreu nas piores práticas políticas: o machismo, o racismo, o preconceito, o ódio, a intolerância, a nostalgia da ditadura militar.

Inconformada com a derrota, a oposição cai no ridículo ao questionar o resultado eleitoral no TSE. Ainda ressentida, insiste na divisão do País e investe contra a normalidade institucional. Tenta chantagear o governo eleito para que adote o programa dos derrotados.

Para afastar as manobras golpistas e assegurar à presidenta Dilma um segundo mandato ainda melhor que o primeiro, o processo de balanço das eleições — que este documento abre mas não encerra — deve apontar para iniciativas de curto, médio e longo prazo, que dizem respeito, inclusive, ao desempenho e funcionamento do PT. Os textos apresentados como contribuição ao balanço devem ser amplamente divulgados no site do partido, até a próxima reunião do Diretório Nacional.

Cabe, desde já, analisar os resultados das eleições estaduais, majoritárias e proporcionais; o comportamento das classes e setores sociais na campanha; o papel dos movimentos sociais; a atuação dos partidos políticos, inclusive a dos aliados; a movimentação do campo democrático-popular; a batalha da cultura e da comunicação; a mídia e as redes sociais — enfim, variáveis importantes não apenas para avaliar o resultado eleitoral, mas, sobretudo, para construir uma estratégia e um novo padrão de organização-atuação, necessários para seguir governando, indispensáveis para continuar transformando o Brasil.

É urgente construir hegemonia na sociedade, promover reformas estruturais, com destaque para a reforma política e a democratização da mídia. Para tanto, antes de tudo é preciso dialogar com o povo, condição vital para um partido de trabalhadores.
Para que a presidenta Dilma possa fazer um segundo mandato superior ao primeiro, será necessário, em conjunto com partidos de esquerda, desencadear um amplo processo de mobilização e organização dos milhões de brasileiros e brasileiras que saíram às ruas para apoiar Dilma Rousseff, mas também para defender nossos direitos humanos, nossos direitos à democracia, ao bem estar social, ao desenvolvimento, à soberania nacional.

As eleições de 2014 reafirmaram a validade de uma ideia que vem desde os anos 1980: para transformar o Brasil, é preciso combinar ação institucional, mobilização social e revolução cultural.

O Partido dos Trabalhadores, como principal partido da esquerda brasileira, está convocado a encabeçar este processo de mobilização cultural, social e política. Que exigirá renovar nossa capacidade de compreender a sociedade brasileira, a natureza do seu desenvolvimento capitalista, a luta de classes que aqui se trava sob as mais variadas formas.
Realizar um balanço como propomos demandará um certo tempo, necessário para analisar variados aspectos, consolidar os dados mensuráveis, ouvir as distintas opiniões, produzir uma reflexão à altura do processo extraordinariamente rico que vivemos, só comparável à campanha de 1989.

O 5º Congresso do Partido dos Trabalhadores deve converter-se neste processo de diálogo entre o Partido e estes milhões que foram às ruas defender a reeleição de Dilma Rousseff. Um diálogo tanto com os petistas quanto com aqueles que não são do PT e que criticam, sob diferentes ângulos, nosso Partido.

Cabe ao Diretório Nacional do PT, convocado para os dias 28 e 29 de novembro de 2014, aprovar uma agenda congressual que preveja debates abertos a toda a militância que se engajou em defesa da candidatura Dilma, bem como um momento final que possibilite a síntese e o salto de qualidade tão necessários para que o Partido seja capaz de, tanto quanto superar seus problemas atuais, contribuir para que o segundo mandato de Dilma seja superior ao primeiro.
Porém, certas medidas, impostas pela realidade internacional e nacional, mas principalmente pela atitude de reação permanente da oposição, precisam ser tomadas imediatamente.

Por isso, propomos:
1. Conclamar a militância a participar dos atos em defesa da democracia e da reforma política, previstos para a semana de 9 a 15 de novembro;
2. Adotar iniciativas para dar organicidade ao grande movimento político-social que venceu o segundo turno das eleições presidenciais. Compor uma ampla frente onde movimentos sociais, partidos e setores de partidos, intelectuais, juventudes, sindicalistas possam debater e articular ações comuns, seja em defesa da democracia, seja em defesa de reformas democrático-populares;
3. Priorizar ações de comunicação, fortalecendo nossa agência de notícias, articulando-a com mídias digitais, com ação permanente nas redes sociais. Integrar nossas ações de comunicação com o rico movimento cultural em curso no País.
4. Relançar a campanha pela reforma política e pela mídia democrática, contribuindo para que o governo possa tomar medidas avançadas nestas áreas e para sustentar a batalha que travaremos a respeito no Congresso Nacional.
5. Organizar caravanas a Brasília para realizar uma grande festa popular no dia da segunda posse da presidenta Dilma Rousseff.

6. Reafirmar o compromisso do PT com a seguinte plataforma:
a) a reforma política, precedida de um plebiscito, através de uma Constituinte exclusiva;
b) democracia na comunicação, com uma Lei da Mídia Democrática;
c) democracia representativa, democracia direta e democracia participativa, para que a mobilização e luta social influenciem a ação dos governos, das bancadas e dos partidos políticos. O governo precisa dar continuidade à participação social na definição e acompanhamento das políticas públicas e tomar as medidas para reverter a derrubada da Política Nacional de Participação Social, objeto de um decreto presidencial cancelado pela maioria conservadora da Câmara dos Deputados no dia 28 de outubro de 2014;
d) a agenda reivindicada pela Central Única dos Trabalhadores, na qual se destacam o fim do fator previdenciário e a implantação da jornada de 40 horas sem redução de salários;
e) o compromisso com as reformas estruturais, com destaque para a reforma política, as reformas agrária e urbana, a desmilitarização das Polícias Militares;
f) salto na oferta e na qualidade dos serviços públicos oferecidos ao povo brasileiro, em especial na educação pública, no transporte público, na segurança pública e no Sistema Único de Saúde, sobre o qual reafirmamos nosso compromisso com a universalização do atendimento e o repasse efetivo e integral de 10% das receitas correntes brutas da União para a saúde pública;
g) ampliar a importância e os recursos destinados às áreas da comunicação, da educação, da cultura e do esporte, pois as grandes mudanças políticas, econômicas e sociais precisam criar raízes no tecido mais profundo da sociedade brasileira;
h) proteção dos direitos humanos de todos e de todas. Salientamos a defesa dos direitos das mulheres, a necessidade de criminalizar a homofobia, o enfrentamento dos que tentam criminalizar os movimentos sociais. Afirmamos o compromisso com a revisão da Lei da Anistia de 1979 e com a punição dos torturadores. Assim como com a reforma das polícias e a urgente desmilitarização das PMs, cuja ineficiência no combate ao crime só é superada pela violência genocida contra a juventude negra e pobre das periferias e favelas;
i) total soberania sobre as riquezas nacionais, entre as quais o Pré-Sal, e controle democrático e republicano sobre as instituições que administram a economia brasileira, entre as quais o Banco Central, a quem compete entre outras missões combater a especulação financeira.
O Partido dos Trabalhadores considera que são medidas políticas e diretrizes programáticas amplas, envolventes, de natureza mais social que institucional, que farão a diferença nos próximos quatro anos.

Desde 1989, o PT polariza as eleições presidenciais. Nas sete eleições presidenciais realizadas desde então, perdemos 3 e vencemos 4. Mas esta de 2014 foi a mais difícil já disputada por nós, em que ganhamos enfrentando um vendaval de acusações não apenas sobre nossa política, mas sobre nosso partido. Neste sentido, o Partido tem que retomar sua capacidade de fazer política cotidiana, sua independência frente ao Estado, e ser muito mais proativo no enfrentamento das acusações de corrupção, em especial no ambiente dos próximos meses, em que setores da direita vão continuar premiando delatores.

O PT deve buscar participar ativamente das decisões acerca das primeiras medidas do segundo mandato, em particular sugerir medidas claras no debate sobre a política econômica, sobre a reforma política e em defesa da democracia nos meios de comunicação. É preciso incidir na disputa principal em curso neste início do segundo mandato: as definições sobre os rumos da política econômica.

O PT precisa estar à altura dos desafios deste novo período histórico. Sobretudo, precisa honrar a confiança que, mais uma vez, o povo brasileiro depositou em nós. Não o decepcionaremos: com a estrela vermelha no peito e um coração valente, avançaremos em direção a um Brasil democrático-popular.

Brasília, 03 de novembro de 2014
Comissão Executiva Nacional do Partido dos Trabalhadores

segunda-feira, novembro 03, 2014

Lulopetista & Petralha eu sou!

A BAND está nesse momento fazendo um debate exclusivamente para desconstituir moralmente os petistas e, amplificar o antipetismo!!

Seguem com o 3º turno!!

Não aceitam a vitória da Dilma Rousseff!!

É inaceitável essa postura dos meios de comunicação, que está criando um clima de caça aos petistas.

Não vencerão!!
 
Opinião contraditória: Não adianta defender a democracia, ser contra o tal "totalitarismo", e rotular os petistas como corruptos.

Eu, assim como tantos outros amigos, sou filiado ao PT desde os 16 anos, sou militante socialista desde a adolescência não aceito e repudio, quem me trata como corrupto e usa a expressão "corrupção epidêmica e estruturante do lulopetismo" ou "petralha" para me definir e rebaixar!!
Com esse tipo de gente eu convivo diariamente. E, democraticamente, não arrebenta a cara de ninguém!! Até porque sempre estive do lado e, na posição, de agredido e do mais fraco.

Por isso reafirmo meu petismo e socialismo existencial!

Vida longa aos 52% do povo brasileiro que está ao meu lado!!

sábado, novembro 01, 2014

Eduardo Leite está sentindo o peso da administração

Na boa, estou começando a crer que o Prefeito Eduardo Leite está sentindo o peso da administração. Hoje cruzei por ele, e agora olhando umas fotos que a Paula compartilhou e, me pareceu que ele não está bem, não. E, talvez não seja em razão da péssima e desastrada administração que ele está fazendo. Veremos, o tempo desvendará mais essa questão!

domingo, outubro 26, 2014

Tarso Genro: crônica de uma morte anunciada

 
Os sintomas da derrota do Tarso Genro apareceram há algum tempo. Já na metade do governo, no início de 2012, mesmo, já tínhamos a avaliação de que o governo não estava bem. Porém, havia sempre a esperança de melhorar.

 Naquela eleição municipal de 2012 nossos candidatos proporcionais vinculados à área da educação sentiram nitidamente a avaliação ruim do Governo Tarso. O governo, contudo, não entendia isso, acreditava que o problema político do piso e do Ensino Médio Politécnico não tinham tamanha repercussão. Ledo engano.

As questões que o governo mais valorizou, obviamente, não tinha apelo eleitoral: a extinção de algumas praças de pedágios (que não afeta a maioria da população) essa renegociação da dívida do estado, a criação da EGR, os próprios concursos públicos (cujas nomeações foram mal conduzidas) nada disso encanta eleitoralmente.

De resto foi um governo modesto. Não conseguiu manter dois partidos políticos, que foram bem contemplados durante todo o governo: PDT e PSB. A postura, por vezes, soberba do Tarso, penso que são motivos que podem contribuir para entender a derrota do Tarso Genro, mantendo a tradição gaúcha de não reeleger governantes.

segunda-feira, junho 30, 2014

"Bendito aquele que estuda, porque estudar é importante..." já dizia Dom Jayme

Semanas ótimas para estudar, essa que terminou e, a que está iniciando!


domingo, abril 13, 2014

Despedida da Câmara dos Deputados de FERNANDO MARRONI

http://www.camara.gov.br/internet/sitaqweb/TextoHTML.asp?etapa=5&nuSessao=071.4.54.O&nuQuarto=6&nuOrador=2&nuInsercao=0&dtHorarioQuarto=14:10&sgFaseSessao=PE&Data=1/4/2014&txApelido=FERNANDO%20MARRONI,%20PT-RS

Sumário

Despedida do orador da Câmara dos Deputados em face da reassunção do mandato pela Deputada Maria do Rosário. Agradecimentos pelo apoio concedido ao Parlamentar. Balanço da atuação do orador na Casa.

O SR. FERNANDO MARRONI (PT-RS. Sem revisão do orador.) - Obrigado.
 

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, aqueles que nos acompanham, utilizo este minuto para dar como lido o meu pronunciamento, em que digo: até breve. Com a volta da colega Ministra Maria do Rosário, deixo esta Casa.
 

Com muita alegria, participei aqui deste tempo, deste mandato com todos os meus colegas - colegas de bancada, Deputados de outros partidos -, com quem sempre travei bons debates. Aqui construímos políticas importantes para o País. Penso que contribuí, nestes 4 anos, para que o nosso projeto no Brasil pudesse avançar.
 

Na minha região, tenho orgulho de ter recebido 87 mil votos, os quais eu agradeço. Por isso estou aqui. Penso que vou disputar novamente as eleições, porque quero voltar a esta Casa para dar continuidade a esse grande projeto político de transformação do nosso País.
Muito obrigado.
 

O SR. PRESIDENTE (Marçal Filho) - Com certeza vai passar dos 87 mil votos. (Palmas.)

PRONUNCIAMENTO ENCAMINHADO PELO ORADOR

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, todos aqueles que nos assistem e nos acompanham pela TV Câmara, hoje ocupo este espaço para me despedir, momentaneamente, desta Casa. Com a volta da Ministra Maria do Rosário a este Parlamento, estou deixando meu mandato. Quero, em primeiro lugar, agradecer aos 87 mil e 103 gaúchos que me dedicaram o voto nas eleições de 2010. Graças a eles, pude representar o Rio Grande do Sul - em especial a Zona Sul - até o dia de hoje. Agradeço também a todos os companheiros da nossa gloriosa bancada do PT nesta Casa. Agradeço pela acolhida, pelo companheirismo e pelo trabalho em prol de um Brasil melhor. Agradeço aos demais colegas que, independente de partido - base ou oposição -, sempre me trataram de maneira respeitosa e, com raras exceções, elevaram o nível do debate político.
Deixo este mandato com o sentimento de dever cumprido. Digo isso, pois conquistamos diversas vitórias para o Rio Grande do Sul e para a minha região: a metade sul do Estado. Destaco aqui as nossas conquistas em parceria com o Governo da Presidenta Dilma: duplicação da BR-116, entre Guaíba e Pelotas; o novo Contorno Rodoviário de Pelotas; duplicação da BR-392, entre Rio Grande e Pelotas; instalação do Parque Eólico de Santa Vitória do Palmar e Chuí; e a consolidação dos Polos Navais de Rio Grande e São José do Norte.
 
Tudo isso já é realidade e foi conquistado graças ao trabalho conjunto do nosso mandato com o Governo Federal. Além disso, deixamos encaminhadas duas obras de extrema importância para a região: o trem de passageiros entre Capão do Leão, Pelotas, Rio Grande e Cassino; e a travessia seca entre Rio Grande e São José do Norte. Obras que, com absoluta certeza, começarão a sair do papel ainda este ano.
 
A partir de segunda-feira reassumo como servidor da Faculdade de Arquitetura da Universidade Federal de Pelotas (UFPEL). Porém, a luta não para. Nunca parou e nem irá parar! No período de folga da universidade, vou pra estrada, vou pra rua, vou conversar com as pessoas, ouvir as demandas do povo e buscar soluções. É assim que nós, do Partido dos Trabalhadores, fazemos política. Foi assim que mudamos a cara deste País e tiramos 40 milhões de brasileiros da miséria. Há 26 anos, quando me filiei ao PT, eu tinha o desejo e o sonho de melhorar a vida das pessoas. E hoje, depois de ter sido Prefeito da minha cidade, Pelotas, e de representar o meu Estado por três vezes nesta Casa, tenho muito orgulho e tenho a certeza de que conseguimos isso. E eu, humildemente, dei a minha parcela de contribuição.
 
Portanto, Sr. Presidente, Sras e Srs. Deputados, aqui fica o meu até breve. Desejo que esta Casa siga cumprindo o seu papel de legislar em prol do Brasil e desejo um bom trabalho a todos e a todas até o final deste ano.
 
Um forte abraço e até 2015.
 
Muito obrigado, Sr. Presidente!