quarta-feira, outubro 10, 2012

Carta da filha de José Genoino, Miruna Genoino



Por Miruna Genoino





"A coragem é o que dá sentido à liberdade".



Com essa frase, meu pai, José Genoino Neto, cearense, brasileiro, casado, pai de três filhos, avô de dois netos, explicou-me como estava se sentindo em relação à condenação que hoje, dia 9 de outubro, foi confirmada. Uma frase saída do livro que está lendo atualmente e que me levou por um caminho enorme de recordações e de perguntas que realmente não têm resposta.





Lembro-me que quando comecei a ser consciente daquilo que meus pais tinham feito e especialmente sofrido, ao enfrentar a ditadura militar, vinha-me uma pergunta à minha mente: será que se eu vivesse algo assim teria essa mesma coragem de colocar a luta política acima do conforto e do bem estar individual? Teria coragem de enfrentar dor e injustiça em nome da democracia?



Eu não tenho essa resposta, mas relembrar essas perguntas me fez pensar em muitas outras que talvez, em meio a toda essa balbúrdia, merecem ser consideradas...



Você seria perseverante o suficiente para andar todos os dias 14 km pelo sertão do Ceará para poder frequentar uma escola? Teria a coragem suficiente de escrever aos seus pais uma carta de despedida e partir para a selva amazônica buscando construir uma forma de resistência a um regime militar? Conseguiria aguentar torturas frequentes e constantes, como pau de arara, queimaduras, choques e afogamentos sem perder a cabeça e partir para a delação? Encontraria forças para presenciar sua futura companheira de vida e de amor ser torturada na sua frente? E seria perseverante o suficiente ao esperar 5 anos dentro de uma prisão até que o regime político de seu país lhe desse a liberdade?



E sigo...



Você seria corajoso o suficiente para enfrentar eleições nacionais sem nenhuma condição financeira? E não se envergonharia de sacrificar as escassas economias familiares para poder adquirir um terno e assim ser possível exercer seu mandato de deputado federal? E teria coragem de ao longo de 20 anos na câmara dos deputados defender os homossexuais, o aborto e os menos favorecidos? E quando todos estivessem desejando estar ao seu lado, e sua posição fosse de destaque, teria a decência e a honra de nunca aceitar nada que não fosse o respeito e o diálogo aberto?



Meu pai teve coragem de fazer tudo isso e muito mais. São mais de 40 anos dedicados à luta política. Nunca, jamais para benefício pessoal. Hoje e sempre, empenhado em defender aquilo que acredita e que eu ouvi de sua boca pela primeira vez aos 8 anos de idade quando reclamava de sua ausência: a única coisa que quero, Mimi, é melhorar a vida das pessoas...



Este seu desejo, que tanto me fez e me faz sentir um enorme orgulho de ser filha de quem sou, não foi o suficiente para que meu pai pudesse ter sua trajetória defendida. Não foi o suficiente para que ganhasse o respeito dos meios de comunicação de nosso Brasil, meios esses que deveriam ser olhados através de outras tantas perguntas...



Você teria coragem de assumir como profissão a manipulação de informações e a especulação? Se sentiria feliz, praticamente em êxtase, em poder noticiar a tragédia de um político honrado? Acharia uma excelente

ideia congregar 200 pessoas na porta de uma casa familiar em nome de causar um pânico na televisão? Teria coragem de mandar um fotógrafo às portas de um hospital no dia de um político realizar um procedimento cardíaco? Dedicaria suas energias a colocar-se em dia de eleição a falar, com a boca colada na orelha de uma pessoa, sobre o medo a uma prisão que essa mesma pessoa já vivenciou nos piores anos do Brasil?



Pois os meios de comunicação desse nosso país sim tiveram coragem de fazer isso tudo e muito mais.



Hoje, nesse dia tão triste, pode parecer que ganharam, que seus objetivos foram alcançados. Mas ao encontrar-me com meu pai e sua disposição para lutar e se defender, vejo que apenas deram forças para que esse genuíno homem possa continuar sua história de garra, HONESTIDADE e defesa daquilo que sempre acreditou.



Nossa família entra agora em um período de incertezas. Não sabemos o que virá e para que seja possível aguentar o que vem pela frente pedimos encarecidamente o seu apoio. Seja divulgando esse e/ou outros textos que existem em apoio ao meu pai, seja ajudando no cuidado a duas crianças de 4 e 5 anos que idolatram o avô e que talvez tenham que ficar sem sua presença, seja simplesmente mandando uma palavra de carinho. Nesse momento qualquer atitude, qualquer pequeno gesto nos ajuda, nos fortalece e nos alimenta para ajudar meu pai.



Ele lutará até o fim pela defesa de sua inocência. Não ficará de braços cruzados aceitando aquilo que a mídia e alguns setores da política brasileira querem que todos acreditem e, marca de sua trajetória, está muito bem e muito firme neste propósito, o de defesa de sua INOCÊNCIA e de sua HONESTIDADE. Vocês que aqui nos leem sabem de nossa vida, de nossos princípios e de nossos valores. E sabem que, agora, em um dos momentos mais difíceis de nossa vida, reconhecemos aqui humildemente a ajuda que precisamos de todos, para que possamos seguir em frente.



Com toda minha gratidão, amor e carinho,



Miruna Genoino - 09.10.2012

José Dirceu se dirige ao Povo Brasileiro!

AO POVO BRASILEIRO




No dia 12 de outubro de 1968, durante a realização do XXX Congresso da UNE, em Ibiúna, fui preso, juntamente com centenas de estudantes que representavam todos os estados brasileiros naquele evento. Tomamos, naquele momento, lideranças e delegados, a decisão firme, caso a oportunidade se nos apresentasse, de não fugir.



Em 1969 fui banido do país e tive a minha nacionalidade cassada, uma ignomínia do regime de exceção que se instalara cinco anos antes.



Voltei clandestinamente ao país, enfrentando o risco de ser assassinado, para lutar pela liberdade do povo brasileiro.



Por 10 anos fui considerado, pelos que usurparam o poder legalmente constituído, um pária da sociedade, inimigo do Brasil.



Após a anistia, lutei, ao lado de tantos, pela conquista da democracia. Dediquei a minha vida ao PT e ao Brasil.



Na madrugada de dezembro de 2005, a Câmara dos Deputados cassou o mandato que o povo de São Paulo generosamente me concedeu.



A partir de então, em ação orquestrada e dirigida pelos que se opõem ao PT e seu governo, fui transformado em inimigo público numero 1 e, há sete anos, me acusam diariamente pela mídia, de corrupto e chefe de quadrilha.



Fui prejulgado e linchado. Não tive, em meu benefício, a presunção de inocência.



Hoje, a Suprema Corte do meu país, sob forte pressão da imprensa, me condena como corruptor, contrário ao que dizem os autos, que clamam por justiça e registram, para sempre, a ausência de provas e a minha inocência. O Estado de Direito Democrático e os princípios constitucionais não aceitam um juízo político e de exceção.



Lutei pela democracia e fiz dela minha razão de viver. Vou acatar a decisão, mas não me calarei. Continuarei a lutar até provar minha inocência. Não abandonarei a luta. Não me deixarei abater.



Minha sede de justiça, que não se confunde com o ódio, a vingança, a covardia moral e a hipocrisia que meus inimigos lançaram contra mim nestes últimos anos, será minha razão de viver.



Vinhedo, 09 de outubro de 2012

José Dirceu



www.zedirceu.com.br



terça-feira, outubro 09, 2012

Hasta la victoria siempre (1967)

Hasta la victoria siempre (1967) Santiago Alvarez

Documental que muestra diversos aspectos de la vida del heroico guerrillero Ernesto Che Guevara.

Santiago Alvarez
Director: Santiago Alvarez



http://www.youtube.com/watch?v=oul_bnjebCQ&feature=player_embedded#!

Che: A história por trás da fotografia


A história por trás da fotografia de Che





Em 5 de março de 1960, Che, decretado “cubano de nascimento” por seu companheiro Fidel Castro, assistia com outros líderes da revolução recém nascida ao funeral de mais de cem vítimas do atentado contra o porto de Havana e o vapor francês ” La Coubre”, carregado de armas.
A imprensa cubana recorda que era um dia cinza, com temperatura abaixo de 20 graus, e que Korda não dimensionou a princípio a importância da imagem captada com sua câmara Leika, que, anos depois, correria o planeta, estampada em livros, cartazes, fachadas de edifícios e camisetas da moda. A fotografia tornou-se não só a mais reproduzida, como uma das mais veneradas e comercializadas no século XX.
Foi naquele dia também que o líder da revolução, Fidel Castro lançou pela primeira vez a sua não menos famosa palavra de ordem “patria ou morte!”, no caloroso discurso para milhares de pessoas que assistiam ao funeral-manifestação, com Che em segundo plano.
Perto do argentino, estavam os intelectuais franceses Jean Paul Sartre e Simone de Beauvoir, a quem perseguia Korda, fotógrafo do jornal Revolución. A foto do guerrilheiro foi quase acidental. A tribuna do evento estava repleta de autoridades e Korda teve apenas 45 segundos para fotografá-la.
De Che, fez apenas duas fotos: uma vertical e outra horizontal, que acabou se transformando em um ícone dos movimentos de esquerda em todo o mundo. De acordo com o próprio fotógrafo, Guevara tinha um olhar tão tenso que o incomodou por um momento, mas não o suficiente para interromper de imediato as duas fotografias, antes que Che desaparecesse novamente atrás das autoridades da primeira fila.
A foto “não foi concebida, foi intuída”, disse Korda. Ele explicou que logo aperfeiçoou o trabalho no laboratório para destacar o olhar, recortando, do lado esquerdo da foto, o perfil de outra pessoa e, do direito, a inevitável palmeira tropical.
Estava pronto o famoso retrato posteriormente denominado “Guerrilheiro Heróico”, reproduzido em milhares de variações em homenagem a Che, que combateu em vários países da América Latina e África antes de morrer em uma aldeia quase deserta dos Andes da Bolívia, apenas sete anos depois.
Korda declarou tempos depois que sua foto capturou todo “caráter, firmeza, estoicismo e determinação” que Guevara possuía. Ela não foi inicialmente apreciada e sequer acompanhou a reportagem publicada pelo Revolución no dia seguinta à sabotagem de “La Coubre” e do enterro massivo. Korda a ampliou e pendurou em seu estudo, junto com um retrato do poeta chileno Pablo Neruda e imagens familiares.
O trabalho foi publicado pela primeira vez cinco meses mais tarde, para ilustrar uma notícia sobre a presença de Guevara em um evento do governo, mas passou despercebido. Só se tornou conhecido de fato após a morte de Che nas montanhas bolivianas, quando o próprio Fidel Castro buscou uma imagem sua para um cartaz de um metro por 70 centímetros, apresentado em 1967 na Itália.
Korda não cobrou nenhum centavo por seu retrato mais difundido, embora o empresário italiano que reproduziu aquele primeiro cartaz tenha vendido em poucos meses um milhão de cópias, sem sequer mencionar o fotógrafo.
Jonathan Green, diretor do Museu de Fotografia da Universidade da Califórnia em Riverside, afirmou certa vez que “a imagem de Korda se transformou num idioma ao redor do mundo. Se transformou num símbolo alfa-numérico, num hieróglifo, um símbolo instantâneo. Ela reaparece misteriosamente sempre que há um conflito. Não há nada na história que funcione desse jeito”.

quarta-feira, outubro 03, 2012

Dilma para Aécio: não saí de BH para ir à praia


Dilma para Aécio: não saí de BH para ir à praia

Do UOL
Carlos Eduardo Cherem
Do UOL, em Belo Horizonte
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A presidente Dilma Rousseff (PT) respondeu à crítica do senador Aécio Neves (PSDB-MG) sobre ser uma "estrangeira" na eleição em Belo Horizonte, durante comício do candidato do PT à prefeitura da cidade, Patrus Ananias, na região do Barreiro. "Nasci aqui no hospital São Lucas. Saí daqui para lutar contra a ditadura e não para ir à praia", afirmou.
Ver em tamanho maior
Imagens da corrida pela Prefeitura de Belo Horizonte
Foto 164 de 164 - 3.out.2012 - O candidato do PT à Prefeitura de Belo Horizonte, Patrus Ananias (à dir.), recebe o apoio da presidente Dilma Rousseff (à esq.) no comício realizado na praça da Febem, no Barreiro, zona sul da capital mineira, na noite desta quarta-feira. No local, a presidente disparou ataques contra o senador Aécio Neves (PSDB) Mais Carlos Roberto/Hoje Em Dia/Estadão Conteúdo
Aécio tem dado entrevistas em que faz criticas ao que chama de "interferência" da presidente no processo sucessório na Prefeitura de Belo Horizonte.
Em julho deste ano, em entrevista ao blog do Josias, o tucano disse, que "mineiro sabe fazer suas escolhas sozinho, não precisa de conselhos externos". Na mesma entrevista, ele afirmou que Dilma "é uma mineira curiosa, que acomodou oito gaúchos no ministério".
"Acho muito estranho, muito suspeito, alguém me acusando de ser estrangeira", disse Dilma, em seu discurso. "Na minha veia corre o sangue de Minas Gerais", disse a presidente.
Ela afirmou que começou sua militância política, em 1968, em Belo Horizonte. "Aqui aprendi que mineiro tem a capacidade de lutar pelo país", afirmou para cerca de 3.000 pessoas, conforme a organização do evento.
Nomeação de Marta
Dilma afirmou ainda que a nomeação da senadora Marta Suplicy (PT-SP) para o Ministério da Cultura não tem relação com as eleições em São Paulo --a petista teria sido nomeada após acordo para entrar na campanha de Fernando Haddad (PT).
"A Marta [Suplicy] será a melhor ministra da Cultura que esse país já teve", afirmou.
Royalties do minério
A presidente disse durante o ato em Belo Horizonte que vai enviar ao Congresso uma nova lei dos royalties do minério, aos moldes da legislação do petróleo. "Não há possibilidade de não aprovarmos uma lei da mineração", disse. A proposta anterior foi vetada pela presidente. A matéria sofreu críticas de Aécio Neves.

DOIS CUBANOS...

DOIS CUBANOS, FALTA APENAS UM PARA FECHAR UMA BAITA FLOR CUBANA...FREI BETTO!!! HEHEHEH

terça-feira, outubro 02, 2012

Debate com dois protagonistas e dois franco-atiradores!



O debate realizado pela TV nativa, na noite de ontém (02-10-12) teve dois protagonistas e dois franco-atiradores: Fernando Marroni  e Eduardo leite foram os principais personagens do debate, enquanto que  Jurandir Silva e Matteo Chiarelli foram os responsáveis pelas tentativas de desestabilizar as candidaturas protagonistas,especialmente a do campo da esquerda, representada por Marroni.


Primeiro ponto a ser destacado foi o notável aspecto de abalado, do candidato Catarina. Seu semblante não esconde a decepção em relação ao desempenho declinante de sua candidatura. Teve uma participação morna e protocolar, não fugindo do script que sua coordenação de campanha estabeleceu. Surpreendeu, apenas, ao deixar de lado sua postura agressiva em relação aos dois protagonistas da eleição: Marroni e Leite.

Quanto aos dois franco-atiradores, Jurandir e Matteo, manteram suas posturas de combate, especialmente Matteo, que parecia estar transtornado, nos duros ataques de baixo nível que fez ao petismo em geral - de Lula a Dilma, passando por Tarso e chegando em Marroni. Certamente, foi o candidato com o pior desempenho. Matteo parecia estar tomado de uma raiva profunda em relação a Marroni.

O candidato do governo Fetter, Eduardo Leite, manteve o tom e interpretou bem o personagem que encarno desde o início do processo eleitoral. Um momento importante do debate aconteceu quando Jurandir chamou Leite de Fetter.

Marroni manteve a linha da campanha, estabelecendo a relação com os projetos de Dilma e Tarso, retomou experiências e realizações importantes do seus governo (2001-2004) e manteve a compostura ao sofrer os ataques de Matteo, Jurandir e Leite. Foi equilibrado e, se manteve fora da baixaria, mesmo rebatendo vários ataques que sofreu! 

Partidos de esquerda e centro-esquerda têm chances em 80% das capitais


Partidos de esquerda e centro-esquerda têm chances em 80% das capitais





Candidatos abrigados em legendas consideradas de esquerda ou centro-esquerda podem vencer no primeiro turno ou ir para o segundo em 21 das 26 capitais brasileiras nas eleições deste ano – o equivalente a 80%. Os principais partidos do país tradicionalmente enquadrados nesse espectro ideológico são o PT, o PSB, o PCdoB, o PDT e o PSOL.
Faltando uma semana para as eleições, as últimas pesquisas indicam que uma dessas legendas certamente vencerá em cinco capitais, onde ocupam o primeiro e o segundo postos na preferência do eleitorado, bem à frente dos demais concorrentes. São elas: Macapá (AP), Goiânia (GO), Belo Horizonte (MG), Cuiabá (MT) e Porto Alegre (RS).
Das outras 16, os partidos de esquerda ou centro-esquerda lideram em sete: Rio Branco (AC), Salvador (BA), Fortaleza (CE), Belém (PA), João Pessoa (PB), Recife (PE) e Natal (RN).
Entre as 21 cidades, as situações mais difíceis estão no Rio de Janeiro (RJ), em Aracaju (SE) e Vitória (ES), onde candidatos de centro ou de direita lideram com larga vantagem, podendo vencer já no próximo dia 7.
O levantamento, feito pela Rede Brasil Atual com base nas pesquisas disponíveis, leva em consideração a orientação ideológica apenas dos partidos que encabeçam as chapas.
O PT é o partido mais bem posicionado no conjunto das capitais entre as legendas de esquerda, com chance em 11 delas. Pode vencer no primeiro turno em Goiânia; deve ir para o segundo turno em Rio Branco, Salvador, Fortaleza, Cuiabá, João Pessoa e São Paulo; aparece em terceiro lugar, mas tecnicamente empatado com o segundo colocado, em Vitória, Recife e Porto Velho; e trava uma disputa acirrada em Belo Horizonte, numa campanha que acabou polarizada entre Patrus Ananias (PT) e o atual prefeito Márcio Lacerda (PSB), com vantagem para este último.
O PSB tem chances em oito capitais (Fortaleza, Belo Horizonte, Cuiabá, Recife, Curitiba, Aracaju, João Pessoa e Porto Velho). O PDT aparece bem colocado em quatro (Macapá, Natal, Porto Alegre e Maceió) e o PCdoB em três (Manaus, Porto Alegre e Florianópolis), assim como o PSOL (Belém, Macapá e Rio de Janeiro).
Atualmente, esses partidos, excetuando-se PSOL, governam 14 capitais, sendo sete do PT, três do PDT, três do PSB e uma do PCdoB.
Veja abaixo como está a disputa entre os principais colocados em cada uma das 26 capitais, de acordo com as pesquisas mais recentes. As cidades marcadas com asterisco indicam possibilidade de vitória no primeiro turno.
Rio Branco (AC) – Ibope de 21 de setembro
Marcus Alexandre (PT) – 43%
Tião Bocalom (PSDB) – 39%
Maceió (AL) – Vox de 16 de setembro *
Rui Palmeira (PSDB) – 43%
Ronaldo Lessa (PDT) – 23%
Manaus (AM) – Ibope de 20 de setembro
Vanessa Grazziotin (PCdoB) – 29%
Arthur Virgílio (PSDB) – 29%
Macapá (AP) – Ibope de 22 de setembro
Roberto Góes (PDT) – 33%
Clécio Luís (PSOL) – 23%
Salvador (BA) – Datafolha de 27 de setembro
Nelson Pelegrino (PT) – 34%
ACM Neto (DEM) – 31%
Fortaleza (CE) – Datafolha de 27 de setembro
Elmano Freitas (PT) – 24%
Roberto Cláudio (PSB) – 19%
Moroni Torgan (DEM) – 18%
Vitória (ES) – Ibope de 23 de setembro * (margem de erro de quatro pontos)
Luiz Paulo (PSDB) – 43%
Luciano Rezende (PPS) – 22%
Iriny Lopes (PT) – 16%
Goiânia (GO) – Grupom de 16 de setembro *
Paulo Garcia (PT) – 40%
Jovair Arantes (PTB) – 11%
São Luís (MA) – Exata de 22 de setembro
João Castelo (PSDB) – 30%
Edvaldo Holanda Jr. (PTC) – 28%
Belo Horizonte (MG) – Datafolha de 27 de setembro *
Márcio Lacerda (PSB) – 45%
Patrus Ananias (PT) – 32%
Campo Grande (MS) – Ibope de 25 de setembro
Alcides Bernal (PP) – 35%
Edson Giroto (PMDB) – 31%
Cuiabá (MT) – Mark de 24 de setembro
Mauro Mendes (PSB) – 38%
Lúdio Cabral (PT) – 33%
Belém (PA) – Ibope de 22 de setembro
Edmilson Rodrigues (PSOL) – 38%
Zenaldo Coutinho  (PSDB) – 20%
João Pessoa (PB) – Ibope de 21 de setembro (margem de erro de quatro pontos)
Luciano Cartaxo (PT) – 29%
Cícero Lucena (PSDB) – 20%
José Maranhão (PMDB) – 18%
Estela Bezerra (PSB) – 14%
Recife (PE) – Datafolha de 27 de setembro (margem de erro de três pontos)
Geraldo Júlio (PSB) – 42%
Daniel Coelho (PSDB) – 22%
Humberto Costa (PT) – 17%
Teresina (PI) – Ibope de 21 de setembro
Firmino Filho (PSDB) – 32%
Elmano Férrer (PTB) – 27%
Curitiba (PR) – Datafolha de 27 de setembro
Ratinho Jr. (PSC) – 32%
Luciano Ducci (PSB) – 25%
Rio de Janeiro (RJ) – Datafolha de 27 de setembro *
Eduardo Paes (PMDB) – 55%
Marcelo Freixo (PSOL) – 19%
Natal (RN) – Vox de 23 de setembro *
Carlos Eduardo (PDT) – 47%
Hermano Moraes (PMDB) – 17%
Porto Velho (RO) – Ibope de 26 de setembro (margem de erro de quatro pontos)
Lindomar Gasçon (PV) – 29%
Mário Português (PPS) – 17%
Mauro Nazif (PSB) – 16%
Mariana Carvalho (PSDB) – 15%
Fátima Cleide (PT) – 12%
Boa Vista (RR) – Ibope de 25 de setembro *
Teresa Surita (PMDB) – 54%
Mecias de Jesus (PRB) – 19%
Porto Alegre (RS) – Ibope de 29 de setembro *
José Fortunati (PDT) – 47%
Manuela D’Ávila (PCdoB) – 24%
Florianópolis (SC) – Ibope de 25 de setembro
Cesar Souza Jr. (PSD) – 33%
Angela Albino (PCdoB) – 28%
Aracaju (SE) – Ibope de 14 de setembro *
João Alves Filho (DEM) – 51%
Valadares Filho (PSB) – 20%
São Paulo (SP) – Ibope de 27 de setembro
Celso Russomanno (PRB) – 34%
Fernando Haddad (PT) – 18%
José Serra (PSDB) – 17%
Palmas (TO) – Serpes de 22 de setembro
Carlos Amastha (PP) – 43%
Marcelo Lelis (PV) – 35%

Eric Hobsbawm, historiador marxista, morre aos 95 anos


Aos 95 anos, morre o historiador marxista Eric Hobsbawm





Da Redação
Atualizado às 12h06min 

Eric Hobsbawm, um dos principais historiadores do século XX, morreu nesta segunda-feira (1) aos 95 anos, anunciou sua família .
Hobsbawm, marxista ao longo de toda sua vida, cujo trabalho influenciou gerações de historiadores e políticos, morreu nas primeiras horas da manhã de hoje em um hospital em Londres, após uma longa doença, disse sua filha Julia.
Ele é autor de obra de quatro volumes sobre a história contemporânea, que abrangem desde 1789 data da revolução francesa, até 1991 com a queda da União Soviética, que é reconhecida como uma das obras mais importantes para o período.
Para o historiador Niall Ferguson, os livros “A Era da Revolução (1789 – 1848), a “Era do Capital” (1848 – 1875), “A Era dos Impérios” (1875 – 1914) e “A Era dos Extremos (1914 – 1991) são “o melhor ponto inicial para qualquer pessoa que deseje começar a estudar a história moderna”.
O imperialismo das potencias sobre os continentes asiático e africano, a revolução russa e o estabelecimento dos regimes burgueses na Europa também foram objetos de estudo do marxista.
O trabalho de Hobsbawm, porém, não se limitou a essa série de estudos e a idade parece não ter impedido o historiador de continuar com suas pesquisas e análises. Tendo em vista recentes acontecimentos mundiais como os atentados terroristas do 11 de setembro e a guerra dos Estados Unidos “contra o terror”, Hobsbawm publicou “Globalização, Democracia e Terrorismo” em 2007, uma compilação de palestras e conferências.
Em 2011, aos 94 anos, o historiador fez sua ultima contribuição e análise aos estudos do pensamento e da história marxista com o livro “Como mudar o mundo”. Prefácios, artigos, conferências e ensaios reunidos na obra explicitam a preocupação central do historiador em refletir sobre as transformações e nesse caso, sobre uma teoria que alicerça a revolução.
O “guru”
Hobsbawm foi apelidado de “guru de Neil Kinnock” (Kinnock foi líder do Partido Trabalhista britânico) no início de 1990, depois de criticar o Partido Trabalhista britânico por não manter-se atualizado com as mudanças sociais. Ele então assumiu a reforma da legenda que levou o nascimento do New Labour (movimento do Partido Trabalhista britânico, liderado por Tony Blair e Gordon Brown).
Ed Miliband, líder do Partido Trabalhista, descreveu Hobsbawm como “um historiador extraordinário, um homem apaixonado pela política e um grande amigo da minha família”.
Ele disse: “Seus trabalhos históricos levou centenas de anos de história britânica para centenas de milhares de pessoas. Mas ele não era apenas um acadêmico, ele se importava profundamente com a direção política do país. Na verdade, ele foi um dos primeiros a reconhecer os desafios do partido no final de 1970 e 1980 e a natureza mutável da nossa sociedade”.
Afiliação ao Partido Comunista Britânico
Por toda a sua vida Hobsbawm foi compromissado com os princípios marxistas que fizeram dele uma figura controversa, sobretudo, em sua associação ao Partido Comunista Britânico, em plena Guerra Fria.
Anos mais tarde ele disse que nunca tinha tentado diminuir as coisas terríveis que aconteceram na Rússia.  “Mas, acreditava que um novo mundo estava nascendo em meio a sangue, lagrimas e horror: revolução, guerra civil e fome. Por conta do colapso do Ocidente, nós tínhamos a ilusão de que mesmo que brutal, o sistema funcionaria melhor do que o ocidental. Era isso ou nada”, contou o historiador.
Nascimento
Hobsbawm nasceu em uma família judaica em Alexandria, no Egito, em 1917, e cresceu em Viena e Berlim, até se mudar para Londres com sua família em 1933, ano em que Hitler subiu ao poder na Alemanha. Hobsbawm desenvolveu seus estudos no King’s College, na capital britânica, e em Cambridge. Em 1947, começou a lecionar na Universidade de Birbeck, onde, anos depois, acabou por se tornar o reitor.
Ele se tornou um membro da Academia Britânica, em 1978, e foi premiado com o companheiro de honra em 1998.
Ele deixa sua esposa, Marlene, sua filha, Julia, e Andy filhos e José, e por sete netos e um bisneto.
Com informações do The Guardian e Opera Mundi

segunda-feira, outubro 01, 2012

Não Podemos Se Entregá Pros Home



O gaúcho desde piá vai aprendendo
A ser valente não ter medo ter coragem
Em manotaços dos tempos e em bochinchos
Retempera e moldura a sua imagem
(Não podemos se entregar pros home
Mas de jeito nenhum amigo e companheiro
Não tá morto quem luta e quem peleia
Pois lutar é a marca do campeiro)
Com lança cavalo e no peitaço
Foi implantada a fronteira deste chão
Toscas cruzes solitárias nas coxilhas
A relembrar a valentia de tanto irmão
E apesar dos bons cavalos e dos arreios
De façanhas garruchas carreiradas
E a lo largo o tempo foi passando
Plantando novo rumo em suas pousadas
E eram cercas porteiras aramados
Veio o trator com seu ronco matraqueiro
E no tranco sem fim da evolução
Transformou a paisagem dos potreiros
E ao contemplar o agora dos seus campos
O lugar onde seu porte ainda fulgura
O velho taura da de rédeas no seu eu
E esporeia o futuro com bravura

Não Podemos Se Entregá Pros Home

Leopoldo Rassier


Até à vitória, companheiros!!