Eduardo Macluf rebate Fabrício Tavares sobre caso dos vídeos
Através de nota, o vereador Eduardo Macluf (PP) se manifestou, nesta terça-feira (25), sobre o material encaminhado à imprensa pelo vice-prefeito de Pelotas, Fabrício Tavares (PTB). A polêmica envolvendo Macluf e Tavares diz respeito a vídeos publicados nas redes sociais. Ambos trocam acusações.
Confira a nota de Eduardo Macluf na íntegra
A propósito de nota assinada pelo vice-prefeito Fabrício Tavares, veiculada ontem (24/09/2012) pela Imprensa, na qual atribui a mim a prática de delito contra a sua honra, a partir de supostos “ataques políticos” e “montagem de vídeos editados”, tenho a dizer, de início, que a afirmação que ajuizou ações contra mim nada mais é do que uma tentativa de desviar o foco do debate que, na verdade, vem sendo pautado pela divulgação de condutas que a ele cabe explicar. Em vez disso, volta-se contra quem entende ser seu agressor, quando, na realidade, abre outro flanco para ter de dar explicações, pois quem acusa tem que provar.
Quanto ao argumento de ter renunciado a candidatura ao cargo de prefeito, na eleição municipal deste ano, para “tratar a questão no Poder Judiciário”, cuida-se de pretexto, no mínimo, estranho. Afinal, se àquela época nenhum vídeo fora divulgado na internet, como poderia antever tanta complexidade na sua necessidade de defesa a ponto de abdicar de uma candidatura em nome daquilo que classificou como simples boatos? Por que renunciaria para se defender de algo que desconhecia em conteúdo e extensão? Tal comportamento demonstra que a desistência teve outras razões que, como na hipótese anterior, também a ele cabe explicar à sociedade.
E mais: se a pretensão do senhor Fabrício Tavares, ao noticiar a propositura de ações judiciais, era a de me intimidar, seguramente não atingirá seu objetivo. Aliás, antevejo muito mais problemas para ele do que para mim, até porque a Câmara Municipal instaurou Comissão Parlamentar de Inquérito, para averiguar situações relacionadas a ele.
O vice-prefeito atribui a mim suposta reação ao que chama de “derrota na busca de apoio às eleições.” Para mim, não houve derrota. Simplesmente não quis abandonar minha convicção de que não deveria participar de composição de chapa em que ele estivesse. Com ele, não! Optei por não concorrer, e isso denota um ato de coragem de um homem público, ao abrir mão de uma candidatura, para não integrar acordos políticos dos quais discorda. Somos antagônicos na forma de fazer política. Os fatos apresentados até agora reforçam esta interpretação.
Considero o assunto encerrado nesse âmbito de discussão, pois o sigilo das investigações feitas pelas autoridades constituídas, perante as quais já fui chamado a depor como testemunha, impõe-me tal comportamento, a bem da sociedade.
Aprendi dentro de casa e com o convívio partidário, que uma vida pública deve ser construída com ética, responsabilidade, respeito e sempre pautando pelo interesse comum. E foi assim, que exerci as atividades por onde passei - Assembleia Legislativa/RS, Câmara dos Deputados, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Ministério das Cidades, assessorando dois ministros, Azonasul – Associação dos Municípios da Zona Sul (entidade que representa 23 municípios), Governo do Estado do Rio Grande do Sul, como secretário de Estado de Ciência e Tecnologia, Prefeitura de Pelotas, como secretário de Desenvolvimento Econômico e Turismo, e na Câmara Municipal, como vereador eleito com 5.470 votos, com o dever constitucional de fiscalizar.
Vereador Eduardo Macluf.
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